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Registo de intervenções de membros da Comissão de Avaliação de Projectos do Fundo das Indústrias Culturais 2015-09-25

Data: 13 de Setembro de 2015

Local: MCDC Centro de Design Macau

Participantes:

Conselho de Administração do Fundo das Indústrias Culturais:

  •  Presidente: Leong Heng Teng; os membros: Chu Miu Lai e Mok Ian Ian

Membros da Comissão de Avaliação de Projectos presentes:

  • Doutor Xiang Yong (Professor catedrático do Instituto de Artes da Universidade de Pequim)

  • Dra. Hsu Hsiu-Chu (Professora catedrática/Directora da Escola Superior de Artes do Instituto Politécnico de Macau)

  • Dr. Lin Guang Zhi (Académico convidado e superintendente académico do Centro de Estudos de Macau da Universidade de Macau)

  • Dr. Ieng Weng Fat (Membro do Conselho para as Indústrias Culturais)

  • Dr. Chan Peng Fai (Vice Presidente do Instituto Cultural)

O Presidente Leong Heng Teng: Após um ano nos trabalhos de avaliação sobre cerca de 400 projectos candidatos, os membros da Comissão de avaliação de Projectos propuseram convocar esta sessão de convívio. O Fundo das Indústrias Culturais (FIC) irá funcionar, a partir do corrente ano, a marcação de apresentação de candidaturas a apoio financeiro durante o ano inteiro, pelo que os candidatos interessados do sector profissional não precisarão mais de fazer a apresentação da sua candidatura até a uma determinada data, podendo, assim, ter tempo suficiente para aperfeiçoar o plano de projecto. Gostaria de solicitar o Vice Presidente do Instituto Cultural, Dr. Chan Peng Fai, a fazer uso da palavra.     

 

Dr. Chan Peng Fai: Compreender a indústria cultural, ser know-how do mercado e tecer estratégias de exploração e marketing apropriadas

Aprecio e agradeço muito o FIC por dar-me mais uma boa oportunidade de convívio com os profissionais do sector. Tendo procedido à avaliação sobre centenas de projectos candidatos, fiz um resumo das opiniões e sugestões, podendo estas servir-se de referência.

1.º ponto: a questão da “Definição”. Pois, há numerosos projectos apresentados que não pertencem, de facto, à área da indústria cultural, nem contenham elementos culturais suficientes. Durante as entrevistas entre os membros da Comissão de Avaliação de Projectos e candidatos, quando alguns candidatos foram perguntados sobre os elementos culturais nos seus projectos, ficaram sem saber responder. Por isso, antes de tudo, convém que os candidatos procedam a uma boa reflexão sobre o seu projecto. Sugiro que voltem a estudar a definição da indústria cultural nitidamente traçada no Regulamento Administrativo n.º 26/2013 sobre a criação do Fundo das Indústrias Culturais: “Entende-se por indústrias culturais as actividades económicas que tenham por base vivências culturais e que, por meio da criatividade e da propriedade intelectual, visem produzir bens, prestar serviços e proporcionar experiências com valor cultural, bem como criar riqueza, oportunidades de emprego e promover a melhoria da qualidade de vida em geral”. Importa estudar os seguintes pontos: 1) “Produzir bens, prestar serviços e proporcionar experiências com valor cultural”; 2) “Actividades económicas”. O requerente deverá verificar se o seu projecto percentence realmente à área da indústria cultural e identificar quais são os elementos culturais? Ao referir a parte das “actividades económicas”, o FIC pretende estimular a economia diversificada adequada, o que diferencia da natureza de apoio financeiro que o Governo da RAEM presta às actividades das profissões culturais, cujos destinatários são associações ou indivíduos sem fins lucrativos. Mas, os destinatários do FIC são as actividades comerciais e empresas.

Para quem já tinha a experiência de preencher o boletim de candidatura, sabe muito bem que é preciso preencher uma série de informações, o que implica o meu 2 .º ponto a proferir: “Plano comercial”. É preciso declarar, no boletim de candidatura, conteúdos como o orçamento, benefícios e despesas e receitas, entre outros. Para um plano comercial, é preciso apresentar os tais tipos de dados fundamentais, para além das informações sobre os destinatários e clientes de potencialidade do projecto. Ainda, é preciso fazer análise sobre o mercado. É lamentável que houve muitos candidatos que se tinham ignorado das informações qie acabei de referir. Enquanto não se exige a ponderação de rendimentos, ao candidatar-se a apoio financeiro pelas profissões culturais, deve fazê-lo se pretendem requerer apoio financeiro ao FIC. Houve planos de projectos candidatos que se limitaram a descrever o processo de produção, ignorando as estratégias de marketing. Trata-se de outro motivo conducente à falha na obtenção da concessão de apoio financeiro de muitos projectos candidatos. Por outro lado, o Governo da RAEM, não presta apoio financeiro senão a título complementar aos projectos comerciais. Por isso, os candidatos devem declarar claramente o valor de investimento da parte da empresa. Pois, não é possível que o FIC preste apoio financeiro a 100%. Agora, a nível mundial, não se reconhece nenhum fundo que preste apoio financeiro a 100% para uma empresa fazer negócios. Também não é uma norma em prática ter a empresa com os eventuais lucros, enquanto todos os prejuízos à conta do FIC! Houve, de facto, empresas que pediram apoio financeiro a 100%, o que não é previsto nos fins do FIC, não podendo estas candidaturas serem aprovadas.

3.º ponto: os “Critérios de avaliação” são claramente explicados no folheto do FIC, intitulado “Instruções de Candidatura a Apoio Financeiro”. Os membros da Comissão de Avaliação de Projectos procedem à pontuação em conformidade com os respeitantes critérios. Proponho que os candidatos, ao preencher o Boletim de Candidatura e elaborar planos comerciais, tentar demonstrar, o mais claramente possível, os conteúdos que correspondam aos critérios estipulados. A “razoabilidade orçamental” é outro critério de avaliação relevante. Analisando a situação geral, foi-se verificado que, houve alguns candidatos quem acabaram em preencher o Boletim de Candidatura muito em breve e fazer a sua entrega logo em seguida, sem dar conta que os números preenchidos no Boletim de Candidatura e no quadro de orçamento fossem diferentes, lapsos e erros como estes conduziram, de igual modo, à perda de pontos em termos da razoabilidade orçamental. Como, neste momento, a recepção de marcação de apresentação de documentos é em funcionamento, ao longo do ano, os candidatos têm mais tempo para elaborar e melhorar o plano de projecto. 

O 4.º ponto: “Conhecer bem os próprios produtos e serviços”. Houve candidatos que, na entrevista, não souberam explicar aos membros de avaliação a finalidade do seu projecto, mesmo que ela se encontra já detalhadamente descrita no plano apresentado. Porque aconteceu coisa como esta? A ocorrência é incompreensível. Foi, também, um dos fenómenos conducentes à perda de pontos. Por isso, os candidatos devem preparar-se para explicação e dar demonstração. 

O 5.º ponto: “Conhecer o mercado, clientes e destinatários do serviço”. Há numerosos projectos que demonstraram a falta de investigação e análise sobre o mercado, julgando talvez que os próprios produtos fossem bem criativos, ou procurados no mercado. Mas, de facto, desconhecem completamente o mercado. A indústria cultural é diferente das indústrias tradicionais. Para uma indústria tradicional, por exemplo, um sector de venda de copos e baldes de plástico, como importam mais as suas funções, por isso, é relativamente fácil estimular a dimensão do negócio no mercado, sendo relativamente fácil conhecer a realidade objectiva e assuntos relacionados como o hardware; mas, o mercado da indústria cultural é caracterizada por conter o “agrupamento de mercado com elevada fluidez”. Por exemplo: no ano passado, estava na moda a telenovela da Coreia do Sul sob o nome de “You Who Came From the Stars”. Tendo sido lançada há dois meses, formou-se, no mercado da região asiática, um agrupamento, havendo uma maré de moda de venda de produtos relacionados com ela, tais como: itinerários das viagens relacionados, restaurantes temáticos e produtos derivados variáveis. Superando-se a moda, surgiram-se logo, no mercado, outros tipos de produtos a circular com grande fluidez, outros mercados a agrupar-se, com alterações incessantes. Ao analisar o mercado da indústria cultural, a visão deverá ser a outra: é muito necessário saber os gostos dos clientes para produzir e lançar mercadorias que adaptem aos gostos e procuras deles. É evidente que, para um nível mais elevado, seria de criar procura para o mercado. Precisamos aumentar o valor adicional do produto. É uma diferença que se distingue de outros produtos tradicionais. Por exemplo, compro um copo e vou utilizá-lo durante um tempo mais longo possível, até um dia ele for partido. Ou seja, como um copo tem normalmente um período de consumo relativamente comprido, só compraria o segundo passando algum tempo. Mas, para um copo, tipo de produto cultural e criativo, é muito importante que o seu produtor pense em atribuir ao copo valor adicional para que os clientes não só comprem um copo, mas um segundo. 

O 6.º ponto: “Estratégia de marketing”. Houve muitos planos que dizem que ir-se-ão fazer propaganda na Internet, tais como através do website de facebook, ou em jornais. Mas, isto trata-se apenas de meios de divulgação de produtos, não sendo uma “estratégia”. Uma verdadeira estratégia exige utilizar os tais meios para trabalhar, um tipo de estratégia que obtenha feed-back na medida de marketing, passo a passo. Um exemplo: depois de a marca da mobília IKEA ter aberta a loja filial em Malmö em 2009, fez uma publicidade de custos muito baixos em facebook, a dizer que iria disponibilizar, durante duas semanas, um total de 12 fotos de mobílias com diferentes estilos de design, exibidas nesta nova loja, comprometendo que quem fosse a primeira pessoa que marcasse, com etiqueta, o seu nome em qualquer uma das mobílias na foto, ficaria com a mobília. Durante duas semanas, houve, a nível mundial, milhões de pessoas que estavam ansiosas pelo momento de carregamento das 12 fotos. A empresa, em vez de gastar elevadas despesas de publicidade do orçamento, conseguiu aumentar, com sucesso, o nível da fama da loja e da imagem do produto. A loja utilizou gratuitamente o website de facebook, aplicou o máximo possível a função de “tag” de facebook. Afinal de contas, não ofereceu senão algumas peças de mobília, obteve, no entanto, o máximo resultado de propaganda. Este é um tipo de estratégia de marketing. Pode-se sempre gastar muito pouco dinheiro para elevar o nível de fama através de uma eficiente estratégia de marketing. Não obstante, o mais importante de tudo isto seria a excelente qualidade do produto com a qual atrai e conquista, de modo contínuo, apoio dos clientes. 

     

Dra. Hsu Hsiu-Chu: Vamos construir um “Reino de Criatividade”

 

É com muito prazer participar nos trabalhos de avaliação do FIC. Estudando os numerosos boletins de candidatura, fiquem emocionada com o vosso grande entusiamo e dinamismo pela indústria cultural. Hoje, tenho mais uma oportunidade de encontro convosco, podendo os nossos membros de avaliação reflectir juntamente com os candidatos sobre como se deve optimizar os projectos candidatos, com vista a dar maior esforço e deixar os projectos aprovados para o apoio financeiro. Relativamente aos requisitos e critérios de avaliação, como o subdirector Chan já explicou muito claramente há bocado, gostaria de acrescentar algumas observações merecedoras de atenção. 

Em primeiro lugar, a criatividade. Para além das ideias que tinham sobre ela, já pensaram que se deve conter a criatividade elementos culturais próprios de Macau? Devemos tentar evitar criar um “Reino de Réplicas”, mas construir um “Reino de Criatividade”. Ao produzirmos quaisquer produtos, devemos juntar neles a nossa própria originalidade, pensem sempre em aumentar o valor produtivo dos produtos aplicando o conceito de criatividade. Em segundo lugar, deve-se reflectir se a sua indústria em causa venha a fazer parte da indústria cultural de Macau, se tenham a capacidade de elevar a imagem de produtos de Macau. Espero que os residentes locais todos queiram ser os primeiros consumidores dos tais produtos, a qualidade da vida e a consciência de criar hábito criativo e cultural da população de Macau fiquem elevadas devido aos produtos culturais e criativos. É claro que o meu maior desejo seria que os residentes de Macau homologuem os tais produtos e se sentam orgulhosos por eles, os bons produtos sejam divulgados para o mundo inteiro através da língua e dos ouvidos, tornando-se, gradualmente, os melhores souvenires culturais de Macau que os visitantes adoram de os levar para a casa. 

Acontece, muitas vezes, que temos inspiração, querendo divulgar a cultura de Macau e introduzir elementos culturais em produtos. Entretanto, não sabemos se as ideias sejam viáveis, com operacionalidade, se trarão benefícios econômico. Nesta circunstância, devemos puxar pela cabeça, pensam muito bem como se transformem a “Cultura + criatividade” em benefícios económicos da indústria. Nos tempos passados, perante vários projectos de exposição e espectáculos culturais relacionados com a cultura e criatividade, podia-se apenas solicitar apoio financeiro junto do Instituto Cultural. Mas, agora, se consiga transformá-los em projectos do âmbito da indústria cultural com valor produtivo, poder-se-á candidatar-se a apoio financeiro junto do FIC. No entanto, os benefícios económicos dos projectos sujeitam-se obrigatoriamente à avaliação para verificar se fossem apropriados para os tais fins. Evidentemente, os benefícios económicos têm a ver com a procura do mercado. Caso não há procura dos tais produtos no mercado, eles servem apenas para oferecer aos amigos como souvenires; como não produzem benefícios económicos, os tais tipos de projectos não merecerão apoio financeiro pelo FIC. Macau precisa desenvolver e comercializar a sua cultura utilizando os produtos culturais e criativos, especialmente, aproveitá-los para aumentar o valor económico. Por isso, a operabilidade e a possibilidade de realização dos vossos projectos candidatos são muito relevantes. O objectivo, a concepção, a procura do mercado e as estratégias de exploração e marketing têm de condizer relacionar rigorosamente com o orçamento. Gostaria de relembrá-los que, não basta ter criatividade, mas terão de assegurar a operabilidade e benefícios económicos razoáveis. A indústria cultural e criativa exige entusiamo e iniciativas. Os candidatos claramente nunca devem esperar que fosse o Governo a apoiar financeiramente as vossas despesas com o pessoal, materiais e rendas. Devem possuir os próprios recursos humanos e investimento com fundo, assegurando que o seu investimento acumulado na cultura e criatividade seja suficientemente eficiente, tanto em termos da quantidade de elementos cultuais e criativos, como também em termos da capacidade de circulação para a exploração sustentável e a elevação contínua do valor produtivo da indústria dedicada.   

 

Dr. Lin Guang Zhi: Procurar aplicadamente a originalidade e demonstrar a cultura de Macau 

 

Tendo analisado centenas de projectos candidatos, fizemos um resumo das opiniões e impressões para partilhar aqui convosco. Parece que a maior preocupação dos amigos hoje aqui presentes seria de como se pode obter um valor mais elevado de apoio financeiro pelo FIC. No entanto, é compreensível. Pois, o objectivo do FIC consiste precisamente em fazer os possíveis para financiar o empreendedorismo e desenvolvimento dos candidatos. Mas, se quiserem obter apoio financeiro, terão de interpretar correctamente o significado do “Fundo das Indústrias Culturais” e as suas funções. Tenho as seguintes quatro dicas e ideias fáceis de compreender:  

A 1.ª dica, o que está em questão é a cultura, não a ciência. Enquanto a ciência exige respeitar o patente, a indústria cultural exige o direito de autor. É evidente que se pode e se deve utilizar os elementos tecnológicos e científicos para desenvolver a indústria cultural. Mas, encontrámos alguns projectos candidatos que visem puramente ao desenvolvimento de produtos científicos. Talvez, os seus produtos contenham ideias inovadoras, em termos científico. Só que entraram pela porta errada. Pode-se sempre aplicar meios científicos para a produção cultural e a divulgação, integrando os elementos científicos com a criatividade cultural, mas, os produtos não podem senão conter a concepção cultural neles. 

A 2.ª dica, queremos muita originalidade, nada de copiar. Por exemplo, há pessoa que pretende vender, em Macau, produtos culturais e criativos feitos em Japão. Concordam? Lamentamos muito, mas este chama-se negócio de venda de produtos culturais e criativos do exterior, não são produtos originais de Macau. 

A 3.ª dica, o que está em causa é comércio, não profissão cultural. Há alguns projectos candidatos que são realmente bem interessantes, podendo favorecer ao desenvolvimento cultural de Macau. Mas, não irão dar lucros, por não ter valor comercial. Digamos que aqueles produtos podem ser louváveis, mas não comerciáveis. O que a indústria cultural exige é um produto ser bom e ser comerciável ao mesmo tempo. O Governo da RAEM importa muito desenvolver as profissões culturais, cabendo a vários serviços públicos e fundos da Administração prestar apoio. Se o candidato tanto quer desenvolver a cultura como quer rentabilizar, venha candidatar-se a apoio financeiro ao FIC, estando a bater à porta certa. 

A 4.ª dica, o FIC dá subsídios, mas não subsidia o valor global de investimento. O FIC preste apoio financeiro dando subsídios aos projectos em conformidade com determinadas proporções previstas. As empresas candidatas devem ponderar bem o risco comercial e a própria acessibilidade financeira. Seria ideal que a sua empresa ou o projecto em causa já se encontra em funcionamento. Seria admissível que uma empresa recém-criada venha candidatar-se a apoio financeiro junto do FIC? Pode-se, mas terá de saber convencer os membros de avaliação e o FIC. Houve empresa que investe dez milhões de patacas num projecto e veio solicitar ao FIC apoio financeiro ao valor global. Para falar a verdade, este tipo de projecto candidato não deu boa impressão aos membros de avaliação, simplesmente porque o candidato queria transferir todos os riscos ao FIC. Houve, ainda, amigos que pensam em exagerar o valor de investimento do seu projecto, uma vez que se dá apoio financeiro em proporções. Será que se pode exagerar o valor de investimento do projecto para 100 milhões de patacas enquanto, na verdade, o valor real foi de cinco milhões? Dentre os membros de avaliação, há banqueiro, empresário e académicos e profissionais, pessoas know-how, que sabem julgar, pela primeira vista, se um orçamento contenha factores falsos. Por isso, não vale a pena fazer patotas. Em vez de actuar dessa maneira, devia é trabalhar e elaborar honestamente o orçamento. A sinceridade e fiabilidade são os elementos-chave que conduzem ao caminho correcto. 

Gostaria ainda de propor o seguinte: embora estimulamos a exploração e a aplicação de vivências culturais de toda a humanidade para a criação de obras culturais próprias de Macau, no entanto, sendo uma indústria local, não devemos utilizá-la para contar e explicar bem as histórias de Macau? Trata-se de um problema da noção da cultura. É sabido de todos que, a concepção da cultura é muito abrangente. Em Macau, a cultura merecedora da nossa consideração inclui: primeiramente, a extremamente caracterizada cultura histórica. Como se deve cultivá-la e utilizá-la para produzir benefícios económicos? Em segundo lugar, a cultura industrial ou a cultura económica (v.g.: a cultura de jogos), a cultura da vida (incluindo a gastronomia), a cultura de diversões (a cultura de corridas de carro, o Grande Prémio), entre outras. Reparámos que não há muitos projectos candidatos que querem explorar, com vigor, a cultura de Macau. É uma grande pena. Se alguém pretende candidatar a apoio financeiro com um projecto caracterizado da cultura e criatividade pertencentes às pradarias, não diríamos que não. Mas, tem realmente capacidade para concorrer com os profissionais e especialistas da Ina Mongólia? Simplesmente porque não é bom conhecedor da matéria. Antes pelo contrário, é a cultura da sua vida própria que conhecemos muito melhor, temos maior vantagem e somos mais qualificados para falar. Por isso, porque não optou por iniciar desde a cultura em que se vive? 

É evidente que importa ter elevado nível de exploração cultural e da originalidade na apresentação. Há também projectos que têm a ver com a cultura de Macau, de facto. Por exemplo: a impressão da imagem das Ruínas de São Paulo em cima de uma caneca, ou coisas semelhantes. O processamento talvez era considerado como criatividade cultural há cinquenta anos atrás. Mas, hoje em dia, ele é realmente insuficiente. Por exemplo, poder-se-á considerar uma criatividade cultural a produção de uma miniatura da Casa de Mandarim? Pode-se investigar e fazer melhor? Sr. Zheng Guanyin, personalidade representante da época moderna da China, cheio de ideias de reformas e inovação, afectou o percurso do procedimento de desenvolvimento da China devido às suas ideias da guerra comercial. O projecto acima referido conseguiu demonstrar, por algumas formas, a conotação da personalidade? Em relação às Ruínas de São Paulo, deve-se limitar em imprimir a sua imagem com perfil, actuando da maneira como se fosse apor um carimbo? A conotação das Ruínas de São Paulo é muito rica. Por exemplo, há, em cima da fachada, a imagem de crisântemo. Qual é a relação entre ele e a cultura japonesa? Pode-se fazer produtos acerca dele e vender aos visitantes japoneses? Em resumo, a cultura de Macau é mesmo muito rico, merece ser bem explorada. Os candidatos interessados deviam dedicar-se mais e melhor. 

 

Dr. Ieng Weng Fat: Melhorar o planeamento e

controlar riscos dos projectos

 

Agora mesmo, alguns membros de avaliação fizeram análises detalhadas. Queria apenas acrescentar um ponto: espero que compreendem bem que o Governo da RAEM gastou anos a estudar e criou o FIC apenas quando estiveram unidas as condições sociais. Mas, houve pessoas que, por engano, entendem que o FIC dá dinheiro para as pessoas fazer negócios. Apercebe-se o tal tipo de engano em vários projectos candidatos. Talvez, o engano fosse um início normal, porque Macau tem a tradição de sustentar e auxiliar as profissões culturais de há longa data. Para desenvolver a indústria cultural, o Governo criou, em diferentes tempos, o Departamento de Promoção das Indústrias Culturais e Criativas, o Conselho para as Indústrias Culturais e o FIC. Qual é relação entre o FIC e os candidatos? Acho que é uma relação de cooperação, não uma relação antagónica. A essência da prestação de apoio financeiro do FIC visa superar dificuldades de algumas empresas da área da indústria cultural. Se os projectos das empresas fossem aprovados mediante a avaliação da Comissão de Avaliação de Projectos do FIC e homologados por especialistas e académicos, teriam as empresas maior facilidade em termos de angariar demais fundo e cooperação. Por outro lado, o Governo tem vindo a fazer muitos trabalhos no intuito de criar ambiente apropriado. Em segundo lugar, importa ter atitude correcta de fazer negócios e estar preparado para assumir as consequências do negócio. A razão é igual à do negócio de acções. É preciso definir os limites de ganho e de perda. Por exemplo, temos de saber retirar-se da bolsa de acções, quando ver a subida ou a queda das acções por volta de 20%, nunca devendo pôr em causa as despesas essenciais de sobrevivência. Nos negócios, a razão é a mesma. Nunca é preciso correr o risco de ficar à beira da pobreza. A primeira coisa a fazer seria estruturar, com sentido de responsabilidade, as estratégias prudentes, isto é, elaborar um bom plano. O negócio é seu. O objectivo da apresentação da candidatura não seria meramente para a avaliação pelo FIC, o mais importante é para elaborar um planeamento e um programa. Convém traçar as próprias estratégias, prevendo quais medidas a tomar para enfrentar-se a quais tipos de circunstâncias; em quais circunstâncias se deve reduzir as mãos-de-obra e controlar os custos; quais mudanças poderão advir no mercado; a quais pessoas se pode pedir ajudas; quais tipos de empresas serão parceiras a encarregar para a cooperação no funcionamento e em marketing. Simplesmente porque, a final de contas, os produtos culturais e criativos terão de ser vendidos e trarão lucros. O que estamos a trabalhar é uma indústria. Todos de nós sabemos que, no início, os produtos culturais e criativos nem sempre permitem rentabilizar imediatamente. Tal como o subdirector Chan explicou agora mesmo sobre uma telenovela. Logo em princípio, ela não deu lucros. O pessoal teve de fazer um pré-investimento volumoso, sem saber se consigam lucrar. Mas, se calhar bem, se houver procura no mercado, estando na moda o mesmo estado ideológico e a tendência que a telenovela promove, poderá obter sucesso. Será que eles tinham meramente a mentalidade de apostar? A resposta é negativa. Há, por trás tudo isto, muitas experiências e cálculos. Sabem muito bem quais os elementos no drama que podem produzir quais tipos de efeitos. Vi alguns projectos que têm as estratégias bem estruturadas. Mesmo que os tais projectos apenas poderão resultar lucros um ano mais tarde, o FIC poderia financiá-los no mesmo, por confiar nas boas perspectivas de crescimento do negócio. Por exemplo, está previsto que, nos primeiros dois anos, um projecto entra em funcionamento; alcançar-se-á o equilíbrio após cinco anos; triplicar-se-á o lucro no sexto ano. Isto é muito provável. Por isso, os candidatos devem melhorar os seus planos. O negócio pertence a si. Podem solicitar especialistas a verificar se haja omissos e falhas no projecto. Proponho que os candidatos peçam ajuda quando encontrarem-se com os membros de avaliação. Eles não importam falar sobre os problemas existentes no seu projecto. Não se esqueçam: ambas as partes só têm uma relação de cooperação, não antagónica. 

 

Dr. Xiang Yong: Aplicar os conceitos da indústria cultural e

focar a visão no mercado da Grande China

 

Há cerca de dez anos atrás dei início à observação e estudos sobre a indústria cultural de Macau. Segundo o resultado da minha observação, acho que, enquanto a indústria cultural do Interior da China já ultrapassou da época 2.0 e entrou na época 3.0, Macau se encontra ainda na época 1.0. Nesta época 1.0, pondera-se a possibilidade de sucesso de cada um dos projectos. Na época 2.0, preocupa-se com a possibilidade de formar cadeias industriais. Por exemplo, nesta época, na indústria de cinema e televisão, pensa-se na possibilidade de formar agrupamento do mercado, desde a investigação e exploração até à produção e ao marketing. Na época 3.0, repondera-se como promover um maior desenvolvimento da indústria cultural tendo por base os resultados das duas épocas anteriores, como alcançar o objectivo de transformação económica, sendo a sua marca dominante o valor produtivo ocupar 5% do global do PIB. Em 2014, o PIB de Macau foi superior a 300 bilhões de patacas. Então, 5% do valor são mais de 15 bilhões de patacas. Qual é a distância entre a realidade e o valor de 15 bilhões de patacas? O actual nível médio do Interior da China poderá chegar a 5% dentro de cinco anos, incluindo as regiões centrais e do Oeste onde a economia é relativamente mais atrasada. No litoral, os níveis médios situam-se, em geral, acima de 6%. 

O FIC deverá desempenhar um papel muito relevante. No entanto, para sustentar efectivamente o desenvolvimento da indústria cultural, o Governo terá de aplicar várias ferramentas estratégicas, sendo o FIC apenas uma delas. As ferramentas estratégicas compreendem ainda o nível de experiências da empresa e dos seus quadros qualificados e o ambiente de venda no mercado, os quais merecem sustentados pelo Governo no uso de diversas ferramentas estratégicas, sendo o FIC apenas uma espécie de ferramentas. O FIC, sendo uma ferramenta estratégica, trabalha principalmente pelas empresas, não podendo assumir as outras competências, cabendo a outras ferramentas estratégicas fazer a sua execução. Actualmente, perante a época 1.0 em que Macau se encontra, o FIC precisa auxiliar o desenvolvimento de alguns projectos, fazendo com que se produzam produtos de grande procura, impulsionando a indústria a avançar, o mais rapidamente possível, rumo à época 2.0 e à época 3.0. Relativamente a demais políticas do Governo da RAEM a serem lançadas, estamos ansiosos por elas. Desejo que o funcionamento do FIC vai de bom a melhor, dando ao Governo da RAEM maior confiança. 

Sou membro de avaliação na área da indústria cultural pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Finanças do Governo Central, e pelas cidades de Pequim, Nanjing, Wuxi e da Coreia do Sul. Tendo tido observações e experiências nos trabalhos de avaliação dos projectos candidatos ao longo de mais de um ano em Macau, gostaria falar agora sobre a minha impressão. 

1.º ponto: as diferenças entre a indústria cultural e os trabalhos de interesse público; as diferenças entre a indústria cultural e as outras indústrias. O FIC espera que os empresários que a visão da indústria cultural desenvolvam esta indústria. O que a indústria cultural precisa dispor? Em primeiro lugar, as empresas são os principais destinatários dos trabalhos. Pela parte de empresários, estes tenham de ter o espírito do empresário, tendo a procura do mercado como o objectivo, não devendo limitar-se em fazer um edição de exposição. A padronização adequada da indústria poderá ser concretizada pelo método técnico, podendo, ainda, aplicar as técnicas financeiras e até novas e altas tecnologias. Todos fazem partes dos conceitos industriais. Enquanto as profissões culturais são executadas completamente sob a orientação do governo, procurando, principalmente, os benefícios sociais, a indústria cultural tem por objectivos principais as empresas, querendo procurar benefícios económicos. Se um projecto tem registado prejuízos, escusa de solicitar ao FIC apoio financeiro. Porque o FIC tanto exige benefícios sociais, como benefícios económicos. Se um projecto não tem por objectivos principais o consumo cultural e o consumo económico, ele não é projecto que pertence à área da indústria cultual. Consumos de outras funções tratam-se de um tipo de mediador, mesmo assim, deve conter nele elementos culturais. Normalmente, as pessoas compram produtos seguindo à moda cultural. Esta é a maior diferença entre a indústria cultural e as outras restantes indústrias. 

2.º ponto: como se deve interpretar e avaliar os projectos candidatos. Embora o FIC possua já os critérios de avaliação bem completos, no entanto, gostaria de acrescentar o seguinte em base deles: 1) É preciso ter originalidade; 2) Ter lógica; 3) Ter a veracidade. A originalidade não exigiria que se deveria ter pensamentos quanto diferentes dos outros. Mas, possuir ideias inovadoras sobre a procura do mercado e as características das comunidades de consumo. Houve alguém que disse que tem projecto premiado em outras regiões, mas o mesmo não foi aprovado para a concessão de apoio financeiro pelo FIC. Por um lado, não temos conhecimento sobre os tais prémios; por outro, a atribuição dos tais prémios deverá servir para elogiar os conceitos de criação do autor, sem a necessidade de considerar se haja procura deles no mercado. Por isso, digamos que, a originalidade não pára no nível de ser ou não boa ideia. Esta sua boa ideia deverá estar relacionada com a procura do mercado. Relativamente à questão de ter lógica, esta diz respeito ao seu modelo comercial, o seu procedimento de actividades profissionais. Deve-se descrever quais são os seus programas aplicados no procedimento circular, desde a pesquisa e exploração, produção até à venda dos produtos, assim como o seu modelo de rentabilizar, inclusivamente, a exploração do direito de propriedade intelectual e os níveis de desenvolvimento das actividades no âmbito do sector profissional. São estes elementos que esperamos muito por conhecer. Em seguida, a experiência da equipa de execução é também muito importante. Seja uma equipa de execução nova, mas, conseguimos ver claramente se haja hipótese através do currículo. Lamentamos que, dos boletins de candidaturas apresentados, vêem-se, muitas vezes, apenas elementos puramente comerciais, poucos conteúdos sobre as experiências do pessoal. Ainda, houve equipas de trabalho que têm as estruturas orgânicas preocupantes, deixando dúvidas sobre a sua capacidade para sucesso do negócio. Se pretendem fazer investimentos de risco, percebe-se logo que importa-se muito a operacionalidade em equipa através da qual avalia-se a possibilidade de sucesso. 

De modo geral, o que o FIC espera é ver um projecto da indústria cultural a funcionar sob um modelo comercial formado por originalidade no conteúdo e procura do mercado, a ser executado por uma equipa apropriada, com boas perspectivas. Solicito o vosso favor de verificar se o lucro bruto do vosso projecto fosse entre 15% a 20%. Porque é considerado como normal requisito de um Angel Investment. Será justificativo se registar-se prejuízo no primeiro ano, devido às actividades de pesquisa e exploração e ao alargamento de dimensão de produção. Actualmente, no Interior da China, a global taxa de crescimento da indústria cultural oscila de 15% a 20%. Voltamos a ver os projectos candidatos de Macau, ainda não se vê projecto que configurou a sua taxa de lucro em 15% ou superior. 

Talvez, como estão a candidatar-se a apoio financeiro junto do Governo, têm, por isso, a complexidade em definir uma taxa de lucro muito elevada. De facto, a preocupação é desnecessária. Na indústria cultual, deve-se criar lucros publicamente, com coragem, ao mesmo tempo de o Governo construir plataformas ajudando-lhes a criar receitas. Ainda, existe uma regra de retorno de sete vezes durante sete anos. Se eu estivesse na posição de um Fundo PE, exigir-se-ia a taxa anual de retorno de 35% do seu projecto. Pelo visto, estamos longe de poder atingir esta percentagem. Mas, devemos definir, para nós próprios, um objecto mais elevado. Na realidade, a indústria cultural pode concretizar a taxa de retorno de 15% ou até 30%. No Interior da China, os filmes normalmente conseguem obter uma taxa anual média de retorno superior a 35%, tendo, todos os anos, mais de 25 filmes que conseguem realizar a taxa a 200%, ou 300%, ou até 400%. Importa ter a noção de mercado. 

Para além do mercado dos residentes locais, Macau possui, anualmente, ainda, o mercado de mais de 30 milhões visitantes, assim como o do Delta do Rio das Pérolas cuja população é cerca de 60 ou 70 milhões, para não falar do mercado da Grande China que é gigantesco. Tivemos organizado, no Interior da China, algumas competições no âmbito da indústria cultural. Os participantes costumam incluir no seu mercado objectivo o da Grande China, inclusivamente, os de Hong Kong, Macau e Taiwan. Diferente de outras indústrias, a indústria cultural tem numerosas restrições que são rígidas, não reflexíveis. Por isso, a procura do mercado é suficientemente grande, para além da nossa grande vantagem de receber anualmente 30 milhões de visitantes. 

Então, se um projecto conseguir criar 15% de lucro, o Governo porque ainda presta-lhe apoio financeiro? O FIC apenas concede apoio financeiro aos projectos que tenham a capacidade de lucrar. Porque a indústria cultural possui benefícios públicos poderosos, podendo criar marcas regionais, para além da função de propaganda dos recursos ao exterior, favorecendo à elevação da imagem cultural local. Caso tenha capacidade de lucrar, ter contributos por ter criatividade, demonstrando grande empenho em explorar recursos locais, tendo realizado vários trabalhos da pré-fase em termos da divulgação das histórias de Macau; no caso de ser uma plataforma, tendo desempenhado funções do agrupamento das cadeias industriais, a montante e jusante, envidando incessantes esforços e dando contributos para a exploração de novos mercados, especialmente, mercados do ultramar, o Governo, perante projectos excelentes como esses, certamente estará prestes a dar grandes apoios. Podendo o seu projecto ter já a taxa de retorno de 200%, ou até de 300%, o Governo também deve continuar a apoiá-lo, porque, sem dúvida, os bons projectos podem contribuir efectivamente à exploração da indústria cultural e criativa; à formação do mercado cultural e das cadeias industriais e de marcas de produtos de Macau; à conquista do mercado do ultramar e à criação de imagem, beneficiando não só às pessoas profissionais experientes, mas também às pessoas de fora do sector profissional da indústria cultural de Macau. 

 Em relação às modalidades e proporções de apoio financeiro do FIC, segundo a minha experiência, o Governo não irá prestar apoio financeiro na modalidade de subsídios a fundo perdido superior a 30%. Na realidade, o FIC concedeu apoio financeiro a alguns projectos com percentagens superiores a esta, actuando de um modo muito generoso. O candidato nunca deve esperar que seja o Governo que suporte a maior parte do capital de investimento, e a empresa própria suporte apenas uma pequena parte, para que a empresa ficaria, mais logo, com os lucros. Por isso, a empresa é o sujeito principal do projecto, devendo angariar fundos na sociedade. Pessoalmente acho que, se o montante de apoio financeiro a conceder for superior a dois terços, o projecto em causa deve sujeitar-se à censura. O FIC já definiu e lançou novas proporções em relação aos subsídios a fundo perdido, ao pagamento de juros de empréstimos bancários e aos empréstimos sem juros, podendo estar relacionado com o ritmo do global desenvolvimento da indústria cultural de Macau. A política de apoio financeiro de Macau aplicada sobre esta área está oito anos atrasada do que a do Interior da China. Há algumas instituições de apoio financeiro à indústria cultural do Interior da China que não prestam apoio financeiro na modalidade de subsídios a fundo perdido desde o princípio. Mesmo para aquelas instituições que prestem apoio financeiro, têm vindo a regular para baixo, constantemente, as proporções de apoio financeiro na modalidade de subsídios a fundo perdido, na medida do desenvolvimento da indústria cultural do país e da elevação da qualidade das empresas. 

Como a indústria cultual do Interior da China já ultrapassou a época 2.0 e entrou na época 3.0, por isso, presta-se apoio financeiro apenas às empresas que tenham concepções da indústria cultural. De modo geral, uma empresa deve ter obtido empréstimos bancários, o Governo paga os juros dos empréstimos. É sem dúvida que os empréstimos tenham de ser reembolsados ao banco. É por esta forma que a própria empresa consolide a capacidade de resistência aos riscos, crescendo gradualmente contando com o sustento do Governo. 

Acho que a indústria cultural de Macau encontra-se na sua excelente fase histórica. Os profissionais do sector têm tosas as condições consideravelmente vantajosas, quer sejam o ambiente e conceito cultural e criativo, quer sejam as condições criadas pelo Governo, quer seja o ambiente cultural e criativo da Grande China. Eu e a Dra. Hsu, como somos pessoas de origem de fora, por isso, observamos o desenvolvimento da indústria cultural de Macau do ponto de vista de pessoas de fora. Estou muito grato que me permitem vir a Macau uma vez por mês, para que possa executar os trabalhos in loco, contactando e sentindo o entusiasmo da indústria cultural de Macau. Desejo muito sinceramente que os profissionais do sector tenham um bom desenvolvimento sob apoios do FIC.

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