Estórias de empresas das indústrias culturais

O caminho cinematográfico de Macau
Emily Chan no trabalho

Emily Chan no trabalho

Realizadora e cameramen

Realizadora e cameramen

Sr. U Chon Chin, responsável da “E.C. Produções de Vídeo de Filmes, Sociedade Unipessoal Ltd.”

Sr. U Chon Chin, responsável da “E.C. Produções de Vídeo de Filmes, Sociedade Unipessoal Ltd.”

Uma equipa empreendedora

Uma equipa empreendedora

Macau, uma cidade onde os elementos culturais variantes e diversificadas se cruzam, tem vindo a formar numerosos talentos. Entretanto, devido às condições geográficas limitadas e ao mercado de pequena dimensão, que levaram ao lento desenvolvimentos nas áreas da produção cinematográfica, música, exposições e espetáculos culturais, os talentos nesta área começaram a procurar a evolução ao exterior. Nos últimos anos, o Governo da RAEM tem alargado a promoção do desenvolvimento das indústrias culturais, procurando atrair o regresso destes talentos para contribuir no progresso das actividades profissionais de exposições e espectáculos de Macau.

A fundadora da “E.C. Produções de Vídeo de Filmes, Sociedade Unipessoal Ltd.”, Emily Chan, uma jovem realizadora talentosa e inovadora, foi galardoada, no corrente ano, com o “Prémio de Projectos de Filmes de Excelência WTUF”, no “19th Korean Bucheon International Fastastic Film Festival WTUF” com o seu filme comédia de amor de fantasia, “A Minha Ressurreição”. Natural de Macau, a Emily Chan, desde o ano de 2012, foi estudar em Pequim para realizar o seu sonho de produção de filmes. Durante o período de frequência do curso de pós-gradução, celebrou contrato com a “Beijing C2M Media Co., Ltd” e tornou-se a primeira realizadora de filme de Macau que contraiu contrato com estúdio cinematográfico comercial. O filme “Timing”, o primeiro filme de produção em conjunto Pequim-Macau,  sob a sua realização, produzido durante o seu curso de pós-gradução, era exibido em cinemas no âmbito nacional do Interior da China e na televisão CCTV (Canal Filmes). O seu projecto cinematográfico individual foi classificado como o melhor projecto cinematográfico na 1.ª Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong-Hong Kong-Macau.

O Fundo das Indústrias Culturais presta apoio financeiro sobre parte das despesas da produção do filme comercial "Dear, Please Forget Me", projecto em conjuntocom a Beijing C2M Media Co., Ltd.. O drama, sob temas de fantasia e amor, conta a história de como a heroína ressuscitou, regressou ao mundo e compensava o arrependimento. Actores famosos do Interior da China e de Hong Kong desempenham os principais papéis no filme.

Há tempos atrás, o projecto de Emily Chan participou na feira de investimento na produção cinematográfica, durante o“19th Korean Bucheon International Fastastic Film Festival WTUF”, e obteve bom êxito, sendo qualificado na 2.ª Feira de Investimento na Produção Cinematográfica entre Guangdong-Hong Kong-Macau. O mesmo foi promovido junto dos investidores cinematográficos, no final de Setembro, em Macau. No momento presente, o filme encontra-se na fase de desenvolvimento do script e criação. A filmagem é prevista no primeiro semestre de 2016, em Macau e no Interior da China, respectivamente.

Um responsável da companhia, Sr. U Chon Chin, revelou que se investiram no filme cerca de 41,5 milhões de yuan Reminbi. O valor de apoio financeiro aprovado pelo Fundo das Indústrias Culturais é um pouco mais de 2 milhões de patacas. Embora o valor de apoio financeiro ocupe apenas cerca de 5% do valor total de investimento, é considerado, no entanto, um grande apoio por ter possibilitado a filmagem de cenários de background do filme em Macau, bem como a cooperação entre a equipa de produção com os trabalhadores locais de Macau, proporcionando-lhes oportunidade de aprendizagem. Poder-se-ão, ainda, aproveitar os recursos da sociedade de Pequim para a emissão e divulgação do filme, deixando o filme realizado por gente de Macau ir mais ao longe.

O Sr. U Chon Chin acrescentou que, o caminho de desenvolvimento cinematográfico de Macau tem sido difícil devido aos elementos de incerteza de apoio financeiro. Ficou muito grato pelo facto de o Fundo das Indústrias Culturais ter aprovado a concessão de apoio financeiro, no entanto, entende que o desenvolvimento do sector cinematográfico de Macau nunca deverá contar apenas com o apoio financeiro do Governo. A industrialização do sector cinematográfico de Macau e um maior desenvolvimento de longo alcance só será possível com a auto-suficiência. Por isso, segundo o seu plano, 60% dos rendimentos do projecto do filme a criar serão reinvestidos em outros projectos da companhia, sendo o resto do 30% investido em filmes de Macau de baixos custos, desejando ver muito mais projectos de produção de filmes de Macau bem-sucedidos no mercado internacional.

Ele disse ainda que, se Macau quiser construir as suas indústrias culturais, deverá auxiliar as empresas de actividades profissionais culturais locais para que fiquem basicamente estabelecidas e evoluídas. Se um dia, um jovem contar aos pais que pretenda exercer actividades nas indústrias culturais, e os seus pais aceitam em apoiar-lhe no primeiro passo no caminho da realização do sonho, diríamos que as indústrias culturais de Macau se encontrariam estabelecidas e poderiam ir ainda mais longe.

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