As indústrias culturais e criativas abrangem um grande leque de actividades, tais como: design de produtos, produção cinematográfica e audiovisual, mídia na Internet, exposições e espectáculos culturais, entre outros. Os projectos culturais de diversas espécies são desenvolvidos a diferentes ritmos, devido às suas características distintas no mercado. Por exemplo: para determinar a potencialidade de uma mercadoria percebe-se logo pelo resultado de venda. No entanto, projectos de mídia na Internet ou de exposições e espectáculos culturais de grande sucesso espontâneo são muito raros. Têm de recorrer a diversas vias de propaganda para produzir impacto gradual e acumular popularidade na comunidade. Portanto, é fundamental a existência de uma plataforma que auxilia a divulgação e desenvolvimento dos artistas, sendo a Companhia do Desenvolvimento Cultural e Criativo 100 Plus Lda. uma dessas plataformas de máxima importância.
Fundada em 2014, a Companhia do Desenvolvimento Cultural e Criativo 100 Plus Lda. onde os conceitos de “cultura” e “criatividade” são valores fundamentais. Criou a plataforma múltipla permitindo a estreita ligação e interacção entre os criadores, operadores da plataforma e consumidores, no sentido de construir as três vias de investigação e exploração, produção e distribuição e venda dos sectores culturais e criativos possivelmente interligadas, criar valores pela cultura, impulsionando o desenvolvimento contínuo das indústrias culturais.
Gaby Ho, um dos administradores da Companhia do Desenvolvimento Cultural e Criativo 100 Plus, referiu que, a companhia antes se denominava por companhia musical 100 plus, e dedicava-se à produção da música original de Macau, tendo reunido os cantores locais para a gravação de discos musicais. Devido ao desenvolvimento social dos últimos anos, várias actividades culturais de diversas naturezas também registaram um aumento de modo contínuo. Gaby Ho conheceu numerosas personalidades do sector cultural e criativo através da participação em actividades e eventos de intercâmbio, e durante o processo de comunicação percebeu que a criação cultural pode ser desenvolvida por vários meios e em diferente direcções, podendo integrar os diferentes métodos de criação, aliando os ramos profissionais culturais para superar os obstáculos no caminho de desenvolvimento das empresas, procurando oportunidades.
Disse ainda que, após a implementação do Fundo das Indústrias Culturais (FIC) pelo Governo da RAEM, os sectores das exposições e espectáculos culturais começaram a florescer. A companhia cultural 100 plus criou uma plataforma destinada à instalação de empresas das indústrias culturais, estas desenvolveram-se efectivamente graças ao apoio concedido pelo FIC. A instalação de empresas de diferentes ramos de actividades favorece não só ao o seu próprio crescimento, possibilita, ainda,hipóteses de cooperação com as outras empresas instaladas, resultando na aliança empresarial. A companhia investiu ainda em empresas com potencialidade, no intuito de ajudá-las a obter maior desenvolvimento.
Durante o processo de desenvolvimento, a companhia enfrentou numerosos problemas, como a construção do espaço e vistoria das obras. Estudaram a hipótese de realizar espectáculos, mas, têm dificuldades a nível técnico. Para o próximo ano, desejam cooperar com os produtores de cinema no sentido de produzir banda sonora para filmes. Actualmente, 12 empresas instalaram-se na plataforma. A companhia investiu numa das empresas, a “Manner Cultura Lda.”, cujo estado de desenvolvimento está em bom caminho. Gabi Ho adiantou que, desde a instalação da empresa “Manner Cultura Lda.”, esta sucedeu em aliar com as empresas instaladas por ser uma empresa relativamente dinâmica. A companhia já forneceu serviço de produção musical para filmes curtos da “Manner Cultura Lda.”. Espera por mais oportunidades de cooperação de várias espécies, contudo é evidente que precisam de tempo para executar a cooperação entre empresas. Os conceitos dos criadores precisam de ser remodelados e integrados, no sentido de ter maior possibilidade de cooperação em vários aspectos.
Gaby Ho afirmou que, na qualidade de plataforma, a companhia cultural 100 plus irá investir mais na área audiovisual no futuro. Actualmente, tem projecto de filmagem, querendo maior cooperação com as personalidades das indústrias culturais, podendo utilizar a sua plataforma para ensaios e realização de espectáculos, contribuindo, em conjunto, às indústrias culturais de Macau.
Relativamente ao impacto do “Planeamento Grande Baía” sobre o sector cultural e criativo de Macau, Gabi Ho acha que foi bem estruturado. Porque, o mercado de Macau é demasiadamente pequeno. É através do planeamento que Macau terá hipótese de aceder ao mercado de Hong Kong e do Interior da China, e os produtos culturais de Macau avançarão ao mundo. É claro que, quanto maior desenvolvimento maior será a concorrência. Para ir mais longe e sair do mercado de Macau, o futuro está-se a tornar cada vez mais brilhante. Desde que todos se empenham e trabalhem em conjunto, um novo horizonte de desenvolvimento estará à vista.