Estórias de empresas das indústrias culturais

A “LUA” de Macau

Com o maior desenvolvimento das indústrias culturais nos últimos anos, vários trabalhadores locais do sector têm vindo a cultivar a sua carreira, sendo alguns produtos de design comercial destinados à ocupação do mercado do exterior, enquanto outros produtos culturais e criativos estão orientados ao mercado local, cujo mercado-alvo é de 30 milhões de turistas por ano.

A empresa “OMoon” foi criada por três jovens: Wu Chi Kit, ilustrador profissional, encarregado pela concepção e desenho dos produtos; Ng Kam Sang, comerciante, responsável pela gestão administrativa e operação da loja; Wong Ka Man, proprietária duma boutique, vende produtos de couro da sua própria concepção e fabricação.

Wu Chi Kit referiu que, a empresa “OMoon” obteve um crescimento muito rápido desde a sua instalação, possuindo já, até à data, oito pontos de venda em Macau, incluindo em hotéis de grande dimensão. Como o mercado destinatário são os turistas de Macau, a empresas adoptou desenhos típicos de Macau e portugueses para os seus produtos, tal como lembranças tipo porta-chaves e cadernos, assim como malas de mão, jóias e carregadores para a opção dos clientes.

Embora tenha funcionado apenas um ano, leitores de blogs estrangeiros já prestaram atenção sobre a marca de Macau “OMoon”. Wu revelou que, após a divulgação da loja em blogs japoneses e coreanos, os clientes provenientes do Japão e da Coreia do Sul aumentaram veemente. “Na altura, estranhámos como foi que os clientes souberam da marca. Perguntado aos clientes, obtivemos informações de que os blogs locais, até os livros de viagens, apresentaram a “OMoon”. Não só ajudaram a elevar a fama da loja, mas ainda encorajaram os empresários.”

Para além de turistas, os clientes locais têm aumentado. Serviços públicos do Governo e associações e instituições também começaram a colaborar com a OMoon no design de produtos temáticos para eventos e actividades, tais como: Feira de Natal, Regatas Internacionais de Barcos-Dragão de Macau, Encontro de Mestres de Wushu e Grande Prémio de Macau. Wu colaborou, ainda, com o Instituto do Desporto e produziu dez pinturas para a edição do “Encontro de Mestres de Wushu” do corrente ano, que foram exibidas na Pavilhão Desportivo Tap Seac.

As características dos produtos da marca “OMoon” incluem a reinterpretação dos desenhos de azulejos e da calçada portuguesa que são concebidos em produtos do quotidiano. Wu entendeu que, há sempre risco numa nova indústria. No entanto, desde que se produzam mercadorias caracterizadas, de boa qualidade, mesmo que os custos sejam elevados, o risco seria relativamente diminuído. Por isso, a empresa destaca o controlo de qualidade, especialmente, os produtos tipo carregadores, cuja verificação é entregue a uma empresa de Hong Kong, a fim de obter o certificado de autentificação de qualidade internacional e instruções de utilização, por forma a aumentar a confiança dos clientes.

A venda de produtos “OMoon” é especialmente destinada aos turistas em Macau, que é o mercado prioritário. Wu afirmou que o apoio financeiro prestado pelo Fundo das Indústrias Culturais é de extrema importância para o início do funcionamento da marca, tendo favorecido ao estabelecimento de base sólida. A empresa pretende continuar a instalar lojas filiais e mais pontos de venda, para que a marca “OMoon” se torne numa espécie de lembrança de Macau.

Wu confirmou que a política para as indústrias culturais do Governo ajudou efectivamente. Deseja ainda que o Governo considere aumentar o número de pontos de venda das empresas do sector, porque as rendas têm sido sempre a maior despesa das indústrias. Caso o Governo puder criar mais pontos de venda e os arrendar a preços competitivos aos trabalhadores profissionais do sector, será um grande apoio ao desenvolvimento contínuo dos mesmos.